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16 de março de 2007 (Bibliomed). Os ferormônios (uma espécie de "perfume", liberados pelo corpo), já foram considerados como os fatores implicados na atração sexual entre os indivíduos. Muitas pesquisas foram desenvolvidas desde a descoberta dessas substâncias, provocando repercussões no mundo científico.
Uma delas é o estudo promovido pelo Departamento de Neurobiologia do Weizmann Institute of Science, de Rehovot, Israel. O estudo foi publicado no The Journal of Neuroscience em fevereiro.
Os autores da pesquisa observaram que sentir o cheiro do suor masculino altera o humor, o desejo sexual e a produção de determinados hormônios pelas mulheres. Isso já havia sido observado em roedores, mas não em humanos. Para chegarem a conclusão desses efeitos no sexo feminino, os pesquisadores avaliaram 21 mulheres sadias e heterossexuais. Elas foram requisitadas a cheirar um jarro contendo androstenediona (um hormônio masculino) e outro sem essa substância. Após isso, essas mulheres assistiram a 5minutos de vídeos de comédia, drama ou com conteúdo erótico e posteriormente a 10 minutos de filmes neutros. Dosagens de cortisol (um outro hormônio produzido por nosso corpo) foram feitas nas salivas dessas voluntárias, a cada 15 minutos. Também analisou-se a pressão sangüínea, os batimentos cardíacos, a respiração, a temperatura da pele e a inquietação.
Observou-se que, sentir por alguns instantes o cheiro da androstenediona, já era capaz de manter os níveis de cortisol elevados, e alterar o humor e o desejo sexual dessas mulheres. Isso não significa que a androstenediona seja a única substância do suor masculino capaz de afetar o sexo oposto. É bem provável que existam outros elementos que induzam uma variedade de alterações no organismo.
Fonte: The Journal of Neuroscience; 27 (6): 1261 – 1265 (February 2007)
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