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Propaganda de remedios na televisão e sua influencia negativa

02 de fevereiro de 2007 (Bibliomed). A televisão é hoje um dos principais veículos de comunicação mundial, sendo responsável por ditar normas de comportamento, moda, estética, dentre outros assuntos. Entretanto, milhares de informações são passadas aos telespectadores, todos os dias, muitas vezes sem uma criteriosa avaliação, o que acaba por influencia-los, de forma negativa, em suas escolhas. Exemplo disso é a propaganda de medicamentos, que faz com que o paciente decida por comprá-los simplesmente por sua marca, sem levar em consideração sua real condição de saúde ou seus preços, na maioria das vezes excessivamente elevados.

Um estudo produzido por pesquisadores do Departamento de Medicina da Universidade da Califórnia, Los Angeles e publicado no Annals of Family Medicine (2007), procurou avaliar a influência da mídia sobre a compra de medicações .

Propagandas de medicamentos, exibidas em horários nobres, e durante à noite, foram analisadas. Os autores procuraram observar como o remédio era exposto e como era o estilo de vida e comportamento, demonstrados pelos atores participantes do comercial.

Os pesquisadores observaram que, por ano, são exibidas em média, 16 horas de propagandas de remédios. Dessas propagandas, 86% fazem apelos ao uso de seus produtos, mas apenas 26% expõem as condições de uso e 26% falam a respeito dos fatores de risco ou sobre sua prevalência. Apelos emocionais são encontrados em praticamente todos os comerciais (95%). 19% dos anúncios exibidos relatam que haverá mudanças no estilo de vida com o uso do remédio, mas apenas 18% relatam que essas mudanças são insuficientes para o controle da doença. Além disso, algumas medicações são exibidas como um ganho na aprovação social (78%). Muitos produtos são expostos como capazes de interromper o uso de outras medicações (58%).

Assim, percebe-se que devem ser realizadas verificações mais efetivas, quanto ao conteúdo das propagandas lançadas na mídia. Somente dessa forma poderão ser minimizados os danos ocasionados pela divulgação inadvertida de medicamentos.