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Jogar pode fazer bem para a saúde dos idosos

13 de setembro de 2004 (Bibliomed). Jogar em Cassinos e Bingos se tornou, com o passar do tempo, uma atividade socialmente aceita e cada vez mais popular, além de ser amplamente disponível. Observou-se ainda, nas últimas décadas, que a participação de pessoas idosas entre jogadores se tornou mais e mais importante. Esta participação de idosos é uma tendência que ocorre também no Brasil.

Apesar dessa situação, pouca atenção foi prestada aos efeitos potenciais do jogo em relação à saúde, tanto benéficos como maléficos, na população mais idosa.

Estudos anteriores demonstraram que jogar de modo patológico está associado a vários efeitos sociais e de saúde negativos, tais como problemas mentais, tendência ao divórcio, perda de emprego, prisão, contribuindo ainda para a má saúde de um modo geral.

Entretanto, somente uma pequena proporção de pessoas que jogam desenvolvem estes tipos de problemas – a maioria dos adultos nos Estados Unidos joga apenas com finalidades recreativas.

Diferentemente dos jogadores jovens, pessoas idosas habituadas ao jogo podem sofrer menos os efeitos negativos comumente associados a jogos de azar, tais como o abuso do álcool, drogas e ações e atitudes que acabem por ser contra as leis estabelecidas.

Uma nova pesquisa publicada este mês pela revista American Journal of Psychiatry mostrou ainda outros achados interessantes: por exemplo, pessoas com mais de 65 anos que joguem para passar o tempo apresentam, de fato, melhor saúde o do que pessoas da mesma faixa etária que não joguem.

A pesquisa, realizada por um grupo da Universidade de Yale, procurou verificar a ocorrência de alterações mentais e de saúde em pessoas com mais 65 anos, quando comparadas com outras com idades entre 18 e 64 anos, e que haviam jogado no ano anterior. Os pesquisadores obtiveram informações de 2.417 adultos por via telefônica, e perguntaram a eles acerca de seus hábitos de jogo e saúde pessoal.

Nos resultados, menos de 1% dos adultos mais velhos que haviam jogado no ano anterior disseram ter apresentado problemas de saúde ou mentais relacionados com o hábito de jogar; comparativamente, 2,4% dos adultos mais jovens tiveram este tipo de problemas.

Os jogadores mais velhos (que jogavam apenas para fins recreativos) tinham saúde pessoal considerada boa ou excelente, uma proporção duas vezes e meia superior aos não-jogadores.

Fonte: American Journal of Psychiatry, September 2004; vol 161: pp 1672-1679.

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