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Ação do Álcool em Cérebro de Jovem Pode Ser Pior Que em Adulto

Por Keith Mulvihill

NOVA YORK (Reuters Health) - Estudantes universitários podem achar que não há problema em beber em excesso, entretanto, eles podem pagar por isso mais tarde, alertam pesquisadores norte-americanos. Novas descobertas de um estudo sugerem que adolescentes e adultos jovens que bebem em excesso podem estar danificando seus cérebros e aumentando a perda de memória após consumo de álcool na idade adulta.

Pesquisadores da Universidade Duke, na Carolina do Norte, analisaram a exposição ao álcool em excesso em ratos para entender que efeitos, se havia, a bebida em excesso tem no cérebro.

O estudo está publicado na edição deste mês de Alcoholism: Clinical and Experimental Research.

Os cientistas expuseram por 20 dias ratos adolescentes ao álcool em um padrão em excesso em que eles receberam uma quantidade muito grande da substância em um dia - o equivalente a um homem de cerca de 68 quilos consumindo 15 ou mais drinks em uma noite.

"A dose de álcool foi muito alta, pois não sabemos o que é uma dose apropriada, de modo que queríamos demonstrar um efeito, se é que ele está presente", disse o coordenador do estudo, Aaron M. White.

"Não estamos preocupados com estudantes universitários que bebem somente um ou dois drinks de vez em quando. Estamos preocupados com pessoas que bebem em excesso", acrescentou White.

Após um descanso de 20 dias, os ratos foram testados em uma variedade de labirintos para analisar suas capacidades básicas motora e de memória.

Os ratos adolescentes que beberam em excesso foram comparados a ratos adultos a quem também foram dadas grandes quantidades de álcool e a ratos adultos e adolescentes que não foram expostos à bebida em excesso.

As descobertas indicam que não houve diferenças na performance entre os grupos de ratos, a não ser que fosse dado álcool a eles. Seguindo uma dose moderada de álcool, os ratos expostos à bebida em excesso durante a adolescência demonstraram os maiores problemas de memória - ou seja, lembrar eventos recentes, como as partes do labirinto que eles já haviam ido.

"O que descobrimos é que o grupo que foi mais afetado - cometeu mais erros - foi o grupo que teve exposição de padrão em excesso quando adolescentes", disse White. "Estes ratos apresentaram maior dificuldade em encontrar um caminho no labirinto para o qual eles foram treinados", acrescentou White.

Os dados sugerem que o cérebro adolescente pode ser especialmente vulnerável aos efeitos tóxicos do álcool e que a bebida em excesso durante a adolescência pode "...aumentar os efeitos de debilitação da memória do álcool na idade adulta", concluem os pesquisadores.

"Temos que tomar muito cuidado quando tentamos obter informações que aprendemos em um pequeno estudo em ratos e tentamos fazer inferências sobre a condição humana", alertou White.

"Acreditamos que provavelmente algo está acontecendo", afirmou White. "O álcool afeta o cérebro adolescente de maneira diferente do que o cérebro adulto."

Sinopse preparada por Reuters Health

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