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Ministério da Saúde quer vacinar 10,6 milhões de idosos a partir de sábado

14 de Abril de 2004 (Bibliomed). O Ministério da Saúde, em parceria com as secretarias estaduais e municipais de saúde, promove de 17 a 30 de abril a VI Campanha Nacional de Vacinação do Idoso. A meta é levar mais de 10,6 milhões de pessoas acima de 60 anos (70% da população idosa) aos postos de vacinação.

Este ano, o recurso aplicado pelo governo na campanha é de R$ 105,1 milhões. Desse total, R$ 87,1 milhões foram destinados para compra de 16,6 milhões de doses de vacina contra a gripe; R$ 7,3 milhões, na aquisição de 300 mil doses de vacina contra pneumococos (Streptococcus pneumoniae), que protege contra pneumonias; R$ 4,6 milhões, com repasse fundo a fundo aos estados e municípios para ações de mobilização e treinamento; e aproximadamente R$ 6 milhões para a divulgação da campanha.

"O Brasil é um dos poucos países que têm oferecido gratuitamente a vacina para maiores de 60 anos. Países no mesmo nível sócio-econômico que o nosso não conseguem implementar esse sistema", constata Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. "Essas campanhas são um dos maiores trunfos do Sistema Único de Saúde (SUS)", avalia Barbosa.

Os postos de saúde aplicarão, além da vacina contra a gripe, a Dupla Adulto contra difteria e tétano. Deve se vacinar quem não completou a série de três doses ou não tomou o reforço após cinco anos.

Além da dose contra a gripe, a campanha oferecerá também a vacina contra a pneumonia para idosos internados em hospitais, casas geriátricas e instituições assistenciais que não tenham recebido a dose nos últimos cinco anos.

Mesmo pessoas cardíacas, asmáticas, diabéticas, hipertensas, com insuficiência renal ou hepática e portadores sintomáticos ou assintomáticos do vírus da Aids (HIV) ou com outro estado de baixa imunidade devem tomar a vacina contra a gripe.

Não podem se vacinar pessoas que tenham alergia comprovada à proteína do ovo e ao Timerosal (mercurocromo ou mertiolate).

Vacina - A vacina contra a gripe é produzida com base nas três cepas (subtipo de vírus) de maior circulação no Hemisfério Sul. Essa combinação torna a dose mais potente. Ela diminui em 90% dos casos o risco de contrair a doença. A vacina precisa ser tomada todos os anos.

Estimativas do Ministério da Saúde demonstram que desde o início das campanhas, há seis anos, houve uma redução de aproximadamente 51 mil internações decorrentes das complicações da gripe.

Ao contrário do que a maioria pensa, a gripe é uma doença perigosa, que pode provocar complicações e até levar o paciente à morte. As epidemias de gripe mataram milhões de pessoas ao longo da história. Em 1915, a gripe espanhola ceifou mais de 20 milhões de vidas. Pessoas com idade superior a 60 anos são mais vulneráveis aos efeitos da doença. Além de evitar a gripe, a vacina contra o vírus influenza – causador da enfermidade – ajuda a prevenir outros problemas de saúde.

Recomendação - A realização das campanhas segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de priorizar os idosos na vacinação contra a gripe. "As pessoas mais jovens em geral perdem um dia de trabalho, porque ficam de cama. A gripe entre jovens não representa problema de saúde pública", avalia o secretário. "Além do organismo dos idosos ser mais vulnerável à gripe, eles podem sofrer complicações, como a pneumonia ou a desestabilização de um quadro de doença cardíaca ou renal", explica Jarbas Barbosa.

As campanhas de vacinação de idosos começaram em 1999. Milhões de pessoas são vacinadas todos os anos no Brasil. Mais de 80% dos municípios brasileiros superaram a meta de vacinação estabelecida pelo Ministério da Saúde nos anos de 1999, 2001 e 2003. Essa meta é de 70% de cobertura da população idosa. "Os resultados são bastante satisfatórios, levando-se em conta que se trata de uma vacina que é preciso tomar todos os anos", observa Jarbas Barbosa.

Fonte: Agência Saúde

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