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Homens sem circuncisão têm mais risco contrair Aids

20 de Novembro de 2003 (Bibliomed). Os homens sem circuncisão têm oito vezes mais possibilidade de serem infectados com o vírus da Aids que os circuncisados, segundo um estudo divulgado nos EUA em outubro de 2003.

Os especialistas da Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins de Baltimore (Maryland) estudaram os resultados de 2.300 homens que foram a clínicas de fertilidade na cidade de Pune, entre 1993 e 2000.

O estudo, apresentado em uma reunião da Sociedade de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos na cidade de San Diego (Califórnia), sugere que a superfície interior do prepúcio carece da capa protetora que existe na parte exterior, e portanto é mais vulnerável ao contato com o vírus HIV.

A circuncisão é uma prática habitual em numerosas culturas por razões higiênicas e religiosas, e costuma ser feita poucos dias depois do nascimento do menino.

No mundo ocidental os médicos não recomendam este procedimento, já que seus benefícios - pode contribuir para a prevenção de infecções no sistema urinário e câncer de pênis - são inferiores aos riscos de complicações.

Os pesquisadores da Johns Hopkins examinaram também a incidência de doenças de transmissão sexual entre os homens circuncisados e os não circuncisados.

Os homens sem circuncisão apresentaram uma incidência de doenças como o herpes genital, a gonorréia e a sífilis ligeiramente maior, mas não significativa do ponto de vista estatístico.

O estudo destaca que será necessário comprovar com testes clínicos a eficácia da circuncisão como estratégia de prevenção da Aids. Atualmente já são feitos testes deste tipo na África do Sul, Quênia e Uganda.

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