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Anúncios de remédios contra SARS são investigados

14 de Maio de 2003 (Bibliomed). A internet já está explorando o medo provocado pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) no mundo. Órgãos reguladores dos Estados Unidos e Canadá já identificaram e prometem punir 48 sites que anunciam de maneira ilegal receitas para prevenir e tratar a pneumonia atípica. Algumas empresas oferecem diversos suplementos de ervas e outras vendem kits de proteção, que incluem purificadores, luvas, máscaras, lenços e álcool.

Segundo a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês), não há base científica para a comercialização de produtos que correspondam à propaganda das empresas. “Nossa mensagem aos consumidores é ‘cuidado com seu dinheiro’. Nenhum produto foi comprovado efetivo na prevenção, tratamento ou cura da SARS”, alertou Howard Beales, diretor do departamento de proteção ao consumidor da FTC.

As agências reguladoras enviaram advertências aos proprietários dos sites investigados lembrando que é contra a lei promover qualquer tratamento médico sem base científica. De acordo com as autoridades, qualquer empresa que não alterar ou apagar os anúncios falsos estará sujeita a processos judiciais.

De acordo com o relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no último dia 9, a Síndrome Respiratória Aguda Grave já foi identificada em 30 países, totalizando 7.183 casos e 514 óbitos, o que configura uma letalidade de 7,2%. Dos 144 novos casos registrados no dia 9, 143 (99,3%) foram observados na China, incluindo Hong Kong, Macau e Taiwan. Como medida de precaução, a OMS recomenda o adiamento de viagens não essenciais para esses locais e recomenda aos viajantes internacionais que fiquem atentos para os principais sintomas da doença: febre acima de 38º C, tosse seca, dificuldade respiratória. No Brasil, 31 casos suspeitos da doença foram identificados até o momento, em 12 estados, dos quais somente 2 atendem a definição de SARS.

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