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03 de Abril de 2003 (Bibliomed). Um pequeno estudo realizado pelo psiquiatra Aderbal Vieira Júnior, coordenador do Ambulatório de Tratamento do Sexo Patológico, do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Proad/Unifesp), mostrou alguns dados interessantes sobre a compulsão sexual. Dos 24 pacientes que participaram do estudo, apenas um era mulher, o que está de acordo com dados internacionais, que mostram que cerca de 95% das pessoas que buscam tratamento para o sexo patológico são homens.
A idade média dos pacientes era de 34 anos. O psiquiatra explica que essa é a idade em que as pessoas procuram tratamento, apesar de já apresentarem o problema há algum tempo, porque é quando os prejuízos começam a ficar mais evidentes, já que a vida começa a ficar mais estável e esse comportamento tende a ser prejudicial.
Outra curiosidade apontada pelo estudo é a alta escolaridade do grupo: 37% têm terceiro grau completo, 30% têm segundo grau completo e 15% têm terceiro grau incompleto. Em 54% dos pacientes analisados foram apontados sintomas de transtornos psiquiátricos, como depressão ou ansiedade. Cerca de 58% apresentaram sintomas de parafilias, como exibicionismo (20%), voyeurismo (16%), masoquismo (8%) e pedofilia (4%). Homossexuais e bissexuais foram incluídos nessa estatística.
Outros dados mostraram que 41% dos perfilados têm parceiros fixos e que a média de parceiros sexuais de cada paciente é de 161 pessoas. Os pacientes apontaram como principal área de prejuízo a profissional (60%), a pessoal (45%) e a familiar (16%).
Para o psiquiatra, o sexo patológico é diagnosticado quando a pessoa perde a liberdade por não conseguir controlar os seus impulsos e não pelo número de vezes que ela faz sexo, já que isso pode ser determinado culturalmente. Em média, cada paciente tem um parceiro por semana (que pode ser o mesmo), pensa em sexo cinco vezes por dia, tem 2,4 relações sexuais por semana, masturba-se 9,3 vezes por semana e tem uma média de 11,7 orgasmos por semana. No dia da aplicação do questionário, eles estavam, em média, de quatro dias sem sexo e 2,3 dias sem se masturbar.
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