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26 de Fevereiro de 2003 (Bibliomed). Cientistas argentinos da Fundação Favarolo, referência mundial para problemas cardíacos, concluíram que dançar tango pode ajudar a prevenir doenças cardíacas. “Bailar tango ou milonga (ritmo mais acelerado) representa um exercício de intensidade leve ou moderada, ideais para a prevenção de doenças cardíacas. Mas é preciso dançar regularmente para que atue como prevenção dos males do coração”, afirmou o cardiologista Roberto Peidro, chefe do setor de Prevenção e Reabilitação Cardiovascular da Fundação Favarolo e autor do estudo. Segundo o especialista, dançar 20 minutos de tango por dia corresponde a caminhar por este mesmo período, com a vantagem de não precisar sair de casa.
Os pesquisadores selecionaram 11 homens e 11 mulheres saudáveis, com idades entre 48 e 60 anos, nenhum deles bailarino profissional. A seleção foi feita a partir do controle de consumo de oxigênio de cada um durante exercícios numa esteira elétrica. Depois, eles repetiram a prova bailando tango. Durante quase um ano, os voluntários dançaram ao som de Quejas de bandoneón, La Comparsita e La puñalada.
Comparando os exames de eletrocardiogramas realizados nos participantes, o médico observou que dançar tango gera a freqüência perfeita para se evitar doenças cardíacas. “O tango é um exercício que consome entre 50% e 60% da capacidade aeróbica. Já outras danças mais aceleradas podem ser prejudiciais ao coração do sedentário”, afirmou.
De acordo com a Sociedade Argentina de Cardiologia, entre 68% e 78% da população do país é sedentária. “Descobrimos que o tango é uma saída para evitar o sedentarismo e, conseqüentemente, outras doenças como o câncer e a osteoporose”, disse o médico. “E temos certeza de que ele também é útil para combater a depressão”, acrescentou o tangueiro Hector Mayoral, 65 anos, que sugeriu a pesquisa, junto com sua parceira Elsa Maria. “Bailo tango há 50 anos e sempre achei que faz bem à saúde”, justificou.
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