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Médicos alemães condenam leite de cabra na dieta de bebês

11 de Novembro de 2002 (Bibliomed). Contrariando a crença popular de que o leite de cabra tenha potencial menor de causar alergia e seja tão nutritivo quanto o de vaca, pediatras alemães recomendaram aos pais banir esse hábito alimentar entre os bebês. A comissão de nutrição da Associação Alemã de Pediatria e Medicina da Juventude publicou na última semana um alerta informando que os produtos à base de leite de cabra não foram testados de maneira adequada. “Por haver informações insuficientes, a comissão de nutrição indica que, de um modo geral, os alimentos contendo leite de cabra não devem ser usados na alimentação das crianças”, alertou a entidade, na edição deste mês da revista pediátrica alemã Monatshchrift Kinderheilkunde.

No artigo, os pediatras também criticaram as campanhas publicitárias que afirmam que o leite de cabra causa menos alergia que o de vaca. Segundo eles, os testes em laboratório e os estudos clínicos mostraram que os efeitos alergênicos dos alimentos para bebês a base dos leites de cabra e de vaca são praticamente os mesmos.

Em relação à crença de que os alimentos infantis à base de leite de cabra sejam de digestão mais fácil para o bebê que os alimentos contendo leite de vaca, os pediatras afirmaram que faltam estudos controlados que avaliem a capacidade das crianças de digerir o leite de cabra. Ainda de acordo com os especialistas, as proteínas presentes nos dois leites são de fato muito semelhantes, embora o leite de cabra não contenha a S1-caseína, encontrada no leite de vaca. A declaração lembrou ainda que as diretrizes da União Européia não aprovam o uso do leite de cabra como fonte protéica de alimentos de bebê, e pediu que os alimentos para bebês à base de leite de cabra não sejam mais vendidos como “alimentos para crianças”. O texto inclui toda a informação reunida pela comissão de nutrição sobre o assunto.

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