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Pessoas com olhos castanhos têm risco 80% maior de sofrer de catarata

13 de Agosto de 2002 (Bibliomed). As pessoas que têm olhos castanhos são 80% mais propensas a sofrer de catarata nuclear - distúrbio que afeta o cristalino, uma espécie de lente natural localizada na região central do olho - em relação às que têm olhos azuis. Esse é o resultado de um estudo realizado pela equipe de Christine Younan, da Universidade de Sydney, na Austrália.

Os pesquisadores avaliaram a saúde ocular de 3.654 pessoas com mais de 49 anos. Cinco anos mais tarde, eles voltaram a analisar 2.335 pacientes do grupo original que permaneciam vivos e constataram que as pessoas com olhos castanhos apresentaram risco maior de desenvolver catarata durante os cinco anos de acompanhamento que os pacientes com olhos azuis. Os integrantes do primeiro grupo também foram 2,5 vezes mais propensos a necessitar de cirurgia para corrigir o problema. Apesar desse e de outros estudos sugerirem que a associação entre a cor dos olhos e a catarata exista, ainda não há uma explicação biológica para esse vínculo.

Mas, com base nos resultados do estudo, publicados na edição de agosto do American Journal of Ophthalmology, os pesquisadores alertaram que medidas para reduzir a exposição dos olhos de pessoas com íris escura ao sol podem ser úteis.

Todas as pessoas que vivem muito apresentam algum nível de opacificação na região nuclear da lente dos olhos, tipo mais comum de catarata. Composto principalmente por água e proteínas, o cristalino dirige a luz que chega aos olhos para a retina, estrutura que transmite as informações visuais para o cérebro. Com o tempo, as proteínas da lente começam a se agrupar, formando aglomerados que embaçam a visão. Algumas pessoas desenvolvem as chamadas cataratas corticais, que afetam a porção central e externa da lente dos olhos, enquanto outras podem ter catarata subcapsular posterior, forma da doença que causa mais incapacidade e atinge a parte posterior do cristalino.

Os autores não coletaram informações sobre o tipo de catarata que precisou de tratamento cirúrgico, mas pesquisas anteriores indicaram que a maioria das pessoas submetidas à cirurgia apresentava uma mistura de lesão nuclear e de lesão subcapsular posterior. Durante a cirurgia, os médicos removem o cristalino que se tornou opaco e o substituem por uma lente artificial. Após o procedimento, a visão volta a ser praticamente normal.

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