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12 de Agosto de 2002 (Bibliomed). Quem pensa que aprendeu na escola como cuidar de uma pessoa picada por cobra, vai se surpreender com a afirmação de Robert A. Barish, da Escola de Medicina da Universidade de Maryland, em Baltimore (EUA). "A evidência indica que o corte e a sucção ou a aplicação de um torniquete ou gelo não ajudam a vítima. Embora essas medidas ultrapassadas ainda sejam amplamente aceitas pelo público geral, elas podem fazer mais mal do que bem, ao adiar o atendimento médico imediato, contaminando a ferida ou danificando os nervos e vasos sanguíneos", disse o pesquisador, na edição de 1o de agosto do The New England Journal of Medicine.
Barish defende que a vítima de uma picada de cobra deve ser afastada do réptil, colocada numa posição de repouso, mantida aquecida e transportada imediatamente para o hospital mais próximo. Por sua vez, a área ferida deve ser "imobilizada em uma posição funcional abaixo do nível do coração", enquanto anéis, relógios e roupas apertadas devem ser removidos. O pesquisador ressaltou, ainda, que a vítima não deve tomar nenhum estimulante e que o uso de álcool é um fator de risco em muitas picadas.
O número oficial de picadas de cobras nos Estados Unidos é de aproximadamente seis mil por ano, sendo que, do total, um terço envolve cobras venenosas. Mas o pesquisador acredita que muitas picadas não são relatadas e que podem chegar a sete ou oito mil por ano, sendo que cinco ou seis resultam em morte. Ainda segundo o autor do estudo, a grande maioria das picadas de cobras ocorre quando as pessoas entram em contato próximo e intencional com os animais, a maior parte quando a pessoa está tentando pegar ou matar a cobra.
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