Notícias de saúde
16 de Julho de 2002 (Bibliomed). As causas das doenças cardíacas são multifatoriais, mas a carga hereditária é a única entre os fatores de risco que ainda não pode ser mudada. Vencer a inércia, controlar o peso, mudar os hábitos alimentares, parar de fumar, reduzir o estresse e adotar um lazer são medidas que ajudam a evitar complicações. Os desvios metabólicos - obesidade, alteração dos níveis normais de lipídios, hipertensão arterial e diabetes, juntos ou individualmente, podem constituir fatores de risco para doenças cardiovasculares. A obesidade, por exemplo, provoca aumento da pressão arterial, elevação de triglicérides no sangue, baixa do colesterol bom no sangue e resistência à insulina, devido ao diabetes.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2000, 300 mil brasileiros sofreram infarto, uma emergência médica com alto índice de mortalidade antes do paciente chegar ao hospital. Há 30 anos, de cada 100 pacientes que tinham infarto, 33 morriam no hospital. No entanto, o avanço no atendimento de urgência, aperfeiçoamento dos cardiologistas e aumento de centros especializados contribuíram para mudar essa estatística. Hoje de cada 100 pacientes, 3% a 5% podem morrer vítima de infarto no hospital. As primeiras seis horas após o início da dor no peito são fundamentais para conseguir interromper o curso do infarto e é este o momento para o paciente buscar um centro de emergência. A sensação é de peso no peito, compressão, sudorese, palidez e náuseas, sendo que o mais comum é que a dor irradie pelo braço esquerdo.
A oclusão aguda de uma artéria coronária pode ser tratada com angioplastia (cateterismo de urgência) ou com administração de trombolítico (medicamento). Outro tratamento indicado, quando as obstruções são graves, múltiplas e passíveis de correção, é a cirurgia de ponte de safena. O infartado deverá manter um controle durante o resto da vida, e muitas vezes utilizando medicamentos como aspirina, betabloqueadores, estatinas para controle do colesterol e inibidores de enzimas de conversão. A chance do paciente ter um novo infarto gira em torno de 5% a 10%, desde que siga as recomendações médicas. Anteriormente, a possibilidade do sintoma retornar era de 50%.
Copyright © 2002 Bibliomed, Inc.
Veja também