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26 de Junho de 2002 (Bibliomed). Células-mães, adultas ou embrionárias, poderão servir para substituir órgãos em casos de transplantes. Essa é a conclusão de duas pesquisas que foram publicadas na última semana na revista científica britânica Nature.
Os estudos foram feitos por duas equipes de cientistas norte-americanos. A primeira pesquisa, conduzida na Universidade de Minnesota, em Minneapolis (EUA), foi coordenada por Catherine Verfallie. Nela, demonstrou-se que células-mães adultas podem ser tão adaptáveis como as de origem embrionária.
No segundo estudo, conduzido pelo cientista Ron McKay e seus colegas do Instituto Nacional norte-americano de Transtornos Neurológicos de Bethesda, em Maryland (EUA), os pesquisadores constataram que células mães embrionárias podem produzir nas cobaias novos neurônios que permitem corrigir o Mal de Parkinson.
O primeiro grupo chegou ao resultado cultivando uma variedade de células-mães adultas extraídas da medula óssea de ratos e de seres humanos. Depois, isolaram desse cultivo células-mães multipotenciais, capazes de se multiplicar indefinidamente.
Injetadas em embriões de cobaias, essas células se diferenciariam produzindo os tipos de células do corpo do animal. Elas também são dotadas de um tipo de enzima que impede o envelhecimento prematuro. A principal constatação foi de que células-mães adultas podem ter um potencial quase equivalente ao das células-mães embrionárias.
Já no segundo estudo, as células-mães embrionárias foram utilizadas como terapia em cobaias artificialmente modificadas para desenvolver o Mal de Parkinson. Os cientistas conseguiram um importante capital de neurônios produtores de dopamina, a substância que falta às pessoas afetadas pela enfermidade.
Uma vez injetados no cérebro de cobaias enfermas, os neurônios passaram a funcionar normalmente e os roedores tratados apresentaram uma sensível melhora.
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