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Acompanhamento psicológico é fundamental para pais de crianças com câncer

10 de Junho de 2002 (Bibliomed). Não são apenas as crianças portadoras de câncer que necessitam de acompanhamento psicológico para aliviar sua dor. Em sua tese Vivências de crianças com câncer no grupo de apoio psicológico – estudo de fenômeno, a psicóloga Luciana Pagano Castilho Françoso, da USP de Ribeirão Preto, ressalta que os pais, o paciente e todos os familiares devem receber um acompanhamento psicológico para lidar com a nova situação.

Segundo ela, eles precisam integrar as alterações trazidas pela doença e pelo tratamento à rotina de vida familiar. A escola também é um ambiente que faz parte do universo da criança e, por isso, deve acolhê-la neste momento difícil. “A própria equipe profissional que cuida da criança deve preparar esse espaço de acolhimento”, recomenda.

Outro aspecto importante é que as intervenções sejam integradas e realizadas considerando as necessidades de cada pessoa. O paciente deve receber o acompanhamento psicológico imediatamente após a confirmação do diagnóstico. O câncer é uma doença que traz muito sofrimento. É a segunda causa de morte nos países desenvolvidos e a quinta no Brasil, atingindo 100 crianças em cada um milhão. Os avanços da medicina trazem índices de cura em torno de 70%, mas o câncer ainda é considerado uma doença grave.

Luciana considera que uma forma de amenizar o sofrimento - e até de aumentar as chances de cura do paciente - seja a informação e o acompanhamento de equipes especializadas, participando ativamente do tratamento. A pesquisa da psicóloga foi desenvolvida junto ao Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC), no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto. O GACC é uma entidade que desenvolve vários trabalhos relacionados ao câncer, entre eles o de intervenção psicoterapêutica com crianças em tratamento.

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