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10 de Maio de 2002 (Bibliomed). O desenvolvimento de vacinas contra a Aids foi tema de debate durante três dias nos estados do Sul do Brasil. Integrantes de organizações não-governamentais da região e técnicos de entidades públicas se reuniram em Santa Cruz do Sul (RS), durante o primeiro Seminário Sul-brasileiro de Vacinas anti-HIV.
Um dos pontos práticos debatidos no encontro foi a possibilidade de instalação de novas frentes de trabalhos no desenvolvimento de vacinas em São Paulo e na região Sul do Brasil. A criação de um comitê comunitário para acompanhar os estudos e fiscalizar o processo foi defendida pelas entidades. A importância da realização de pesquisas nos estados da região Sul se dá devido ao predomínio do subtipo C do vírus HIV, em especial no estado do Rio Grande do Sul. Esse subtipo do microorganismo causador da Aids não é freqüente em outras localidades do País. Pesquisas envolvendo vacinas já estão sendo realizadas no Rio de Janeiro. Fora do Brasil, há destacam-se estudos avançados na Tailândia e nos Estados Unidos.
Promovido pelo Grupo de Apoio à Prevenção da Aids (GAPA/RS), em parceria com a Coordenação Nacional de DST e Aids, do Ministério da Saúde, e da International Aids Vaccine Initiative (IAVI), de Nova Iorque, o evento contou com cerca de cem participantes.
Uma preocupação dos especialistas é que a vacina a ser produzida seja acessível, universal, de baixo custo e tenha a garantia de eficiência como forma preventiva complementar e como terapêutica para as pessoas já infectadas.
No final do mês de abril, O Ministério da Saúde prometeu ampliar investimentos em pesquisa de vacinas contra a Aids.
Segundo o responsável pela Unidade de Vacinas da Coordenação Nacional de DST e Aids, o epidemiologista Luis Fernando Brígido, nos próximos três anos, o governo brasileiro pretende investir US$ 2 milhões anualmente na infra-estrutura necessária aos testes da vacina no País.
Os registros oficiais indicam a notificação de cerca de 215 mil brasileiros portadores do vírus HIV. O dado se refere ao período de 1980 a junho do ano passado. Desde 1996, quando o coquetel anti-Aids começou a ser distribuído, o número de novos casos da doença vem diminuindo gradualmente.
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