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Portadores de diabetes do tipo 1 lutam por direito à transplante

04 de Junho de 2002 (Bibliomed). Um grupo de portadores do diabetes do tipo 1, normalmente diagnosticado na infância ou na juventude, batalha, há um ano, pelo direito a um transplante que pode significar a cura da doença. O transplante de ilhotas pancreáticas – células Beta retiradas do pâncreas de doadores falecidos – já é realizado há quatro anos em países como os Estados Unidos e o Canadá. No entanto, o procedimento ainda não pode ser feito no Brasil, porque depende de um parecer favorável do Conselho de Ética em Ensino e Pesquisa (Conepe) do Ministério da Saúde. Os portadores da doença temem que a demora para a liberação deste tipo de transplante no País possa significar a morte de quem espera a cirurgia. Apesar da falta do parecer do Ministério da Saúde, o Brasil já tem uma equipe apta a realizar o procedimento: médicos endocrinologistas do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, que dominam a técnica da cirurgia desde 2001.

O diabetes do tipo 1 também é conhecido como diabetes insulino-dependente. A doença se caracteriza pela produção reduzida ou inexistente de insulina por parte do pâncreas, que, nos doentes, tem muitas de suas células destruídas. Os portadores do diabetes do tipo 1 precisam receber a insulina diariamente, por toda a vida, para controlar os níveis de glicose no sangue. O transplante de ilhotas pancreáticas, que tem apresentado resultados positivos em outras partes do mundo, consiste na injeção das células do pâncreas de doadores nos pacientes que têm a doença. Assim, as células Beta injetadas começam a produzir a insulina normalmente, equilibrando o nível de glicose no corpo. A esperança é de que o transplante garanta uma vida normal. O descontrole da glicose pode provocar a perda da consciência e a sensação de mal-estar.

Os grupo de diabéticos com indicação para o transplante, formado por nove pacientes, considera absurda a possibilidade de que a burocracia possa significar a morte e apela para que a autorização do Ministério da Saúde seja apressada. As primeiras cirurgias realizadas no Brasil em caráter experimental serão gratuitas para os pacientes.

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