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Relatório da OMS reitera necessidade de programas de iodação do sal

24 de Maio de 2002 (Bibliomed). Um relatório divulgado esta semana pela Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que a falta de iodo ainda é um problema sério em todo o mundo, levando diversas crianças a nascerem com retardo mental. Pelos cálculos da OMS, 50 milhões de bebês nascidos em 2001 não estavam protegidos contra os possíveis problemas que podem acontecer quando há carência de iodo.

Se existe falta de iodo, o retardamento mental é a conseqüência mais grave das lesões cerebrais que ocorrem durante o desenvolvimento do feto. O problema é comum quando a mãe da criança sofre de hipertireoidismo e tem a mesma carência da substância. Os graus da alteração podem ser variados e levam a criança a ter capacidade limitada de resposta e problemas de aprendizagem. O coeficiente intelectual das crianças que tiveram lesões cerebrais por falta de iodo costuma ser até 15 pontos inferior aos indivíduos que não sofreram o mesmo problema.

Desde 1983, quando Basil Hetzel descreveu os transtornos por carência de iodo, existe um esforço mundial para reverter o problema. Os especialistas afirmam que a correta absorção do iodo permite o desenvolvimento normal do cérebro. Em 1990, a Cúpula Mundial da Infância e a Assembléia Mundial da Saúde estabeleceram como meta a eliminação do problema no mundo. Desde então, 93 países criaram programas de iodação do sal. Atualmente, existe um Conselho Internacional para a Luta contra os Transtornos da Carência de Iodo (ICCIDD), composto por pesquisadores e especialistas em saúde pública. Apesar de todas as iniciativas, a carência de iodo ainda não conseguiu ser eliminada em todo mundo. Um dos desafios é garantir a permanência dos esforços. Alguns países, como a Colômbia, a Guatemala e territórios da antiga União Soviética, não deram continuidade aos programas de iodação do sal.

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