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Raiva humana volta a matar em Minas

09 de Maio de 2002 (Bibliomed). A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou, no início da semana, o primeiro caso de morte por raiva humana registrado no estado desde 1999. A vítima foi o fazendeiro S.P.M, de 50 anos, morador da cidade de Corinto, a 212 quilômetros de Belo Horizonte. Ele morreu no último dia 2.

O fazendeiro foi ferido por um morcego, um dos principais transmissores da doença, há dois meses. Segundo a Secretaria de Saúde, o morcego era criado como um animal de estimação e vivia em uma gaiola. Quando S.P.M foi levado ao hospital de Curvelo, a doença já estava em estágio avançado. Ele ainda foi transferido para Belo Horizonte, mas não resistiu.

Os últimos casos de raiva humana em Minas Gerais foram registrados em 1999, quando quatro pessoas morreram em Capelinha, Coromandel, Fronteira do Vale e São João del-Rei. Em 2000 e 2001, não houve nenhum registro da doença no estado. O exame que confirmou a morte de S.P.M foi realizado pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

A raiva é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, que compromete o Sistema Nervoso Central dos seres humanos. A transmissão ocorre através do contato com a saliva de animais contaminados, principalmente cães, gatos e morcegos. Todos os morcegos, hematófogos, insetívoros e frutívoros – que se alimentam de sangue, insetos e frutas, respectivamente – são vetores em potencial.

O período de incubação da doença no homem varia de 15 a 90 dias. A raiva é fatal em 100% dos casos. A prevenção se dá com vacinas e soros, aplicados imediatamente após o contato com o animal contaminado. Por isso, é fundamental procurar ajuda médica ao ser ferido por um cachorro, gato ou morcego. É importante também vacinar os animais de estimação contra a raiva animal anualmente.

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