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17 de Abril de 2002 (Bibliomed). O polêmico uso da maconha com fins medicinais volta à pauta mundial após o anúncio de que a empresa farmacêutica GW iniciou os testes para verificar o potencial curativo da erva em pacientes que desenvolveram a esclerose múltipla. O laboratório aposta na fabricação de medicamentos que teriam condições de reduzir a dor, principalmente em pacientes que têm lesões na coluna e sensibilidade cutânea. A mesma empresa também está testando se a maconha é eficaz no combate à dor em pessoas com câncer e com artrite reumática.
Os estudos feitos pelo laboratório GW incluem o acompanhamento de 600 britânicos. A empresa desenvolveu um spray à base da erva, que será aplicado embaixo da língua das pessoas pesquisadas durante os testes. A intenção do laboratório é confirmar os possíveis efeitos benéficos da maconha, conseguindo, até 2003, a aprovação da Agência de Controle de Medicamentos da Grã-Bretanha para fabricar um medicamento feito a partir da cannabis sativa.
O uso da maconha em tratamentos não é defendido por médicos em todo o mundo, e gera polêmica. Recentemente, o governo canadense criou uma sala pública para que diversos pacientes fumem maconha. A “Marijuana Teahouse” só pode ser usada, no entanto, por pessoas que tenham uma autorização especial do governo. O uso da droga com fins terapêuticos foi liberado no Canadá em julho do ano passado. A medida só pode ser adotada, entretanto, por pacientes em fase terminal.
A autorização é concedida a pessoas que tenham expectativa de vida de até um ano. Os pacientes têm um carnê com identificação. Pacientes com doenças crônicas, inclusive as patologias para as quais a GW busca tratamento, também podem solicitar a aprovação. O único impedimento para os pacientes canadenses é obter a maconha por meios legais. Apenas este ano o governo deve ter condições de fornecer a erva para fins terapêuticos.
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