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SÃO PAULO (Reuters) - O laboratório nacional Biosintética e o laboratório israelense Teva, maior produtor de genéricos do mundo, estão formando uma joint venture para comercializar medicamentos genéricos de ponta no mercado brasileiro.
A nova empresa, chamada BioTeva, deverá lançar até final de 2001 cerca de 50 genéricos para doenças crônicas, além de antibióticos, de acordo com Omilton Visconde Júnior, vice-presidente-executivo da Biosintética.
"No futuro, o Brasil pode se tornar uma importante base produtora de genéricos", disse Visconde Júnior, durante coletiva de apresentação da Bioteva, na quarta-feira, em São Paulo.
Visconde Júnior explicou que, na primeira etapa, a Bioteva irá comercializar genéricos produzidos pela Teva em Israel e embalados no Brasil pela Biosintética. Na segunda etapa, haverá transferência de tecnologia entre os dois laboratórios.
Além disso, a Teva e a Biosintética estão estudando a instalação de uma fábrica no Brasil para a produção exclusiva de genéricos no futuro.
"Dentro do prazo mínimo de dois anos, já teremos uma posição a respeito desse assunto", afirmou Visconde Júnior, acrescentando que isso vai depender de oportunidade de mercado, situação econômica do país, questão regulatória e ambiente relativo ao preço de medicamentos.
Aharon Agmon, vice-presidente para assuntos internacionais da Teva, disse que o laboratório pretende produzir genéricos no Brasil assim que forem criadas as condições favoráveis à instalação da fábrica.
Segundo Agmon, o Brasil é um mercado de grande prioridade para a Teva, pois está entre os dez mais importantes do mundo.
"A posição de liderança da Teva no mercado de genéricos significa que queremos fornecer genéricos de qualidade e acreditamos que os brasileiros merecem medicamentos de qualidade e a preços acessíveis", acrescentou Agmon.
De acordo com Visconde Júnior, dentro de um mês, estarão disponíveis em farmácias os três primeiros genéricos da Bioteva aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): genfibrozila (para reduzir triglicérides e colesterol), carbamazepina (para tratar convulsões) e ticlopidina (usado contra formação de plaquetas).
"Até março do ano que vem, cerca de 15 genéricos da Bioteva estarão no mercado", acrescentou Visconde Júnior.
Sinopse preparada por Reuters Health
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