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Acupuntura trata, mas pode evitar crises de enxaqueca?

05 de Abril de 2002 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) querem saber se a acupuntura pode prevenir crises de enxaqueca, doença que acomete pelo menos 16 milhões de brasileiros, todos os meses. Durante os próximos dois anos, vão acompanhar 220 pacientes no Ambulatório de Acupuntura Aplicada à Enxaqueca do Hospital das Clínicas.

Os pacientes têm de 18 a 50 anos e convivem com pelo menos duas crises de enxaqueca mensais. Eles serão submetidos a sessões de acupuntura e terão de fazer anotações diárias sobre a evolução da dor de cabeça, construindo uma espécie de "calendário da enxaqueca".

Especialistas já sabem que a acupuntura trata os sintomas da enxaqueca, mas esperam provar que ela é capaz de evitar as terríveis crises. A doença se desenvolve a partir de uma dor de cabeça latejante, em geral iniciada de um lado da cabeça e acompanhada de intolerância a barulho e luz, náuseas ou vômitos.

Não se trata de uma simples dor. As enxaquecas duram de quatro horas a três dias, em casos mais extremos. Alguém que sofra por volta de cinco crises por mês, com duração de três dias, por exemplo, pode ter suas atividades cotidianas prejudicadas em 15 dias.

Para os especialistas, a enxaqueca é uma das doenças mais invalidantes da atualidade: não leva à morte, mas interfere terrivelmente na qualidade de vida e na convivência social. Só nos Estados Unidos, são gastos US$ 30 bilhões por ano para se evitar faltas ao trabalho por causa das dores de cabeça.

O estudo da Unicamp é fruto de uma parceria com a Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha e conta com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os dados coletados durante o trabalho vão compor a tese de doutorado de Jerusa Alecrim Andrade, médica especializada em acupuntura. Mais informações: (19) 3788-7754.

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