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Brasileiras estão insatisfeitas com qualidade da vida sexual

28 de Março de 2002 (Bibliomed). Uma pesquisa revelou que 74% dos brasileiros na faixa etária entre 40 e 80 anos fazem sexo pelo menos uma vez por semana, média considerada alta, se comparada com outros 28 países que participaram dos estudos. A qualidade do sexo praticado pelos brasileiros, no entanto, foi considerada insatisfatória segundo os resultados do trabalho. O coordenador da pesquisa no Brasil, Edson Duarte Moreira Júnior, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), afirma que as mulheres brasileiras são as mais insatisfeitas com a duração das preliminares do ato sexual. Enquanto nos outros países 12% das mulheres desejam preliminares mais demoradas, 22% das brasileiras reclamam do problema. A brasileira é também a que menos chega ao orgasmo.

Os resultados da pesquisa, que foram apresentados em um congresso recente, em Londres, não trouxeram boas notícias para os brasileiros, que apresentaram a segunda maior taxa de ejaculação precoce, atrás apenas da Espanha. A conclusão do especialista da Fiocruz é de que o homem gasta menos tempo nas preliminares porque tem necessidade de ejacular logo. Essa combinação compromete a qualidade do ato sexual, já que a mulher tem também mais dificuldades para chegar ao orgasmo.

Os dados do estudo mostraram que o sexo é parte fundamental da vida de pessoas entre 40 e 80 anos. Por isso, Moreira Júnior acredita que os médicos devem se preocupar mais com o sexo praticado pela população dessa faixa etária. O diálogo entre os parceiros e também com os profissionais de saúde pode mudar o quadro encontrado pelos pesquisadores. Segundo Moreira Júnior, apenas 8% dos médicos brasileiros questionam seus pacientes sobre a vida sexual. Com isso, muitos permanecem intimidados, sem buscar ajuda para solucionar as dificuldades. Entre os países pesquisados estavam a Espanha, os Estados Unidos, o Japão, a China e a Inglaterra.

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