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Estudo revela que melatonina protege os neurônios

Belo Horizonte, 18 de Fevereiro de 2002 (Bibliomed). Cientistas do Instituto de Pesquisa INSERM, da França, descobriram que a melatonina desempenha um importante papel protetor para os neurônios.

A melatonina é um hormônio naturalmente produzido pelo organismo humano e pode impedir a paralisia cerebral. A constatação dos pesquisadores franceses foi publicada na edição de janeiro da Annals of Neurology.

Os estudos feitos com ratos revelaram que a melatonina pode impedir essa deficiência característica de bebês que nascem prematuros e essa foi a primeira vez que a ação neuroprotetora foi evidenciada. Caso seja confirmada nos seres humanos, essa nova descoberta abre boas perspectivas para o tratamento da paralisia cerebral, um mal que afeta entre 4% e 15% dos bebês prematuros nascidos antes das 33 semanas.

Pierre Gressens, que faz parte da equipe de pesquisadores, salienta que o efeito protetor da melatonina depende da dose administrada e aparece a partir de concentrações muito inferiores às correspondentes a outro efeito do hormônio, o efeito antioxidante.

Nos ratos que sofriam de lesões cerebrais similares à paralisia do prematuro, o tratamento com baixa dose de melatonina diminuiu as lesões em 82%. O hormônio não previne as lesões, mas dá origem à sua restauração.

A paralisia cerebral é conseqüência de lesões (destruição de neurônios ou anomalias em suas conexões) de uma parte do cérebro chamada de matéria branca. A deficiência aparece durante a vida pré-natal ou nos recém-nascidos e provoca graves seqüelas neuropsicológicas, podendo acarretar atrasos mentais e problemas de motricidade.

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