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Novo teste para identificar anomalias em fetos

Belo Horizonte, 08 de Fevereiro de 2002 (Bibliomed). Um trabalho publicado recentemente na revista The American Journal of Pathology traz novas esperanças para o tratamento de anomalias genéticas em bebês. Trata-se de um novo teste para detectar problemas no feto. Através de um simples exame de sangue nas mulheres grávidas pode-se diagnosticar enfermidades genéticas comuns nos fetos.

O exame deve ser feito ainda no início da gestação. Segundo a doutora Patrizia Paterlini-Bréchot, esse método, na teoria, permite realizar todas as análises genéticas feitas atualmente mediante amniocentese, que é a extração do líquido amniótico através do útero, ou biópsia. A tese se baseia na constatação de que quando o feto é normal deixa passar ao sangue materno uma célula por milímetro de sangue. Quando ocorre anomalia genética, deixa passar mais. Por outro lado, as células sanguíneas do feto são maiores do que as da mãe.

A análise é feita através de um sistema de filtração das células mais volumosas que logo são contadas. O DNA de cada célula é analisado para estabelecer sua origem fetal.

Entretanto, ela ressalta que, antes do teste poder ser usado normalmente, ainda será preciso realizar três ou quatro ensaios para confirmar a sensibilidade e a especificidade técnica para cada anomalia a ser detectada.

Atualmente, o diagnóstico pré-natal de anomalias genéticas requer uma amniocentese ou biópsia do tecido da placenta, extraído via vaginal. Esses exames podem ser feitos entre a 11ª e 18ª semanas de gestação. O inconveniente é que ambos os exames representam risco de aborto avaliados em quase 1%.

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