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Entidades esportivas se unem contra o tabaco

Belo Horizonte, 26 de Dezembro de 2001 (Bibliomed). Uma campanha mundial foi lançada no mês passado, em Genebra, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em parceria com diversas entidades esportivas. A campanha “Por um esporte sem tabaco” tem apoio do Comitê Olímpico Internacional (COI), da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

O objetivo da campanha é banir todo tipo de publicidade de cigarros dos eventos esportivos. Também em novembro, 191 países que integram a OMS estiveram reunidos em Genebra para mais uma etapa de discussões que vão nortear a elaboração de uma convenção antitabaco. A expectativa é de que o tratado sobre o assunto esteja concluído em 2003.

Segundo a OMS, os fabricantes de cigarro afirmam que o patrocínio de atividades esportivas é feito por motivações filantrópicas. No entanto, a entidade acredita que o tabagismo é uma doença “transmissível” pela publicidade veiculada nas quadras e estádios. Muitas vezes, os jovens são os mais influenciados pelas mensagens.

Durante o encontro, o comitê lembrou que esporte e cigarro são incompatíveis e que desde 1988 os jogos olímpicos não têm patrocínio de indústrias tabagistas. A FIA garantiu que os eventos automobilísticos, em escala mundial, estarão proibidos, a partir de 2006, de veicular publicidade sobre o cigarro ou receber patrocínio de seus fabricantes.

Já a Fifa vai banir a publicidade de tabaco a partir do Mundial de Futebol de 2002, que será disputado na Coréia do Sul e no Japão. No evento, estarão previstas áreas restritas especiais para fumantes.

Nos Estados Unidos, o secretário de saúde, David Satcher, afirmou este mês que o cigarro não é a maior preocupação no país. Satcher alertou que em pouco tempo a obesidade epidêmica vai passar a ser a principal causa de mortes evitáveis, superando as mortes causadas em decorrência do tabagismo.

Anualmente, 300 mil pessoas morrem por doenças relacionadas à obesidade. Cerca de 60% dos adultos americanos e 13% das crianças estão acima do peso. A sugestão do secretário é que seja feito um ataque nacional à obesidade, nos mesmos moldes do que está sendo feito no país contra o fumo.

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