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Belo Horizonte, 05 de Novembro de 2001 (Bibliomed). O nome é igual, mas as coincidências param por aí. Municípios do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, registram casos de varíola - do tipo bovina.
Transmitida ao homem através do contato com o animal, a doença nada tem a ver com a varíola, já erradicada e que voltou a ser noticiada nos principais jornais do mundo pelo temor de uma guerra biológica com uso desse agente.
Cerca de 600 animais e 58 pessoas contraíram, de setembro até o final de outubro, a varíola bovina no Vale do Paraíba. A maioria dos casos notificados está localizada entre os municípios de Guaratinguetá e Queluz, na divisa com o estado do Rio de Janeiro.
O primeiro caso foi notificado no dia 26 de setembro. A ocorrência inesperada deixou alerta órgãos e secretarias de saúde dos 27 municípios ligados à Diretoria Regional de Saúde de Taubaté.
O Setor de Vigilância Epidemiológica da DRS de Taubaté e o Escritório de Defesa Animal de Guaratinguetá estão elaborando metas de trabalho para combater a doença nas pessoas e nos animais. Os casos estão sendo mapeados e uma cartilha será editada para ensinar formas de prevenção à doença.
Os técnicos da vigilância epidemiológica avisam que a varíola bovina não tem ligação com a varíola tradicional humana, já erradicada do País. Pode ser controlada facilmente e apresenta boa evolução, sem quadros graves.
As pessoas da região, sobretudo as que moram na zona rural e ordenam gado, devem ficar alertas para o aparecimento de bolhas nas mãos, febre alta e fortes dores de cabeça. Nos animais, os sinais são alteração nas tetas e emagrecimento.
A higiene constante da mama dos animais, a limpeza nos currais e banhos antes da retirada do leite são medidas de controle que ajudam a impedir a proliferação do vírus.
A varíola tradicional, já erradicada no Brasil e grande parte dos países no mundo, provoca erupções com pústulas por todo o corpo e febre alta. É altamente contagiosa e pode levar à morte.
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