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Professor pode ter programa de saúde vocal

Belo Horizonte, 25 de Setembro de 2001 (Bibliomed). A Comissão de Educação da Câmara aprovou, na última quarta-feira, a criação do Programa Nacional de Saúde Vocal para professores da rede pública de ensino.

Proposto pelo deputado Djalma Paes (PSB-PE), o Projeto de Lei 4580/01 tem por objetivo orientar professores sobre o uso profissional adequado da voz, fornecer assistência preventiva e garantir o tratamento quando for detectada alguma alteração no aparelho fonador.

Programas semelhantes já existem em algumas cidades, como Rio de Janeiro, São Paulo, Natal e Recife. A intenção é torná-lo obrigatório em todo o País. Antes de virar lei, porém, o projeto vai ser analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família, de Constituição e Justiça, e de Redação e depende da aprovação dos parlamentares.

Segundo especialistas, um quarto da população economicamente ativa do Brasil depende e usa a própria voz como meio de trabalho. É o caso dos professores.

O esforço excessivo, como a obrigação de falar alto, por muito tempo ou em ambientes barulhentos, pode levar a lesões nas pregas vocais. O resultado vai desde um inchaço da laringe até o surgimento de calosidades – pólipos ou nódulos – que afetam a voz.

É aconselhável procurar auxílio médico quando uma rouquidão persiste por mais de três semanas ou há pigarro e sensação de ardência na garganta. Profissionais que ingerem pouco líquido, deixando a garganta ressecada, ou consomem muito álcool correm mais riscos de sofrer distúrbios vocais. Entre as doenças do aparelho vocal, o câncer de laringe é a mais grave.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é um dos campeões na incidência desse tumor, que tem no hábito de fumar seu principal fator de risco. Estima-se que 15 mil novos casos da doença serão identificados ao longo deste ano no Brasil. A detecção precoce é a principal arma para deter o câncer.

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