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BRASIL: Pesquisa Revela que Professores Sofrem com Problemas Vocais

São Paulo, 15 de Fevereiro de 2001(eHealthLA). Um estudo feito pela Unesp (Universidade do Estado de São Paulo) na cidade de Marília revelou que 77% dos professores sofrem de problemas com a voz.

No trabalho foram entrevistados 92 professores da rede estadual de ensino na cidade. Quase metade dos docentes (42,39%) informou perder a voz em sala de aula. Outras queixas foram rouquidão (69,58%) e variação da voz no decorrer do dia (61,96%).

A utilização da voz humana como forma principal ou exclusiva de trabalho categoriza as profissões em dois grandes grupos: vocais e não-vocais. Segundo a fonoaudióloga Rosane Paiva da Silva, autora e professora em cursos de impostação de voz, para o grupo dos vocais, como no caso dos professores, a voz é seu principal instrumento de trabalho, embora nem sempre eles tenham consciência disso.

“É importante ressaltar que para ser um bom profissional desta área é fundamental cuidar bem da voz, mantendo saúde e estética vocal”, diz Rosane.

Dicas

Segundo a especialista, é preciso conhecer e desenvolver medidas preventivas, mudando pequenos hábitos e comportamentos no nosso cotidiano, não apenas quando a rouquidão aparece. Alguns cuidados básicos devem ser observados, como:

1- disciplinar os horários de trabalho para que haja repouso vocal após cada aula;

2- hidratar-se com 7 à 8 copos de água por dia;

3- evitar a ingestão de drogas inalatórias ou injetáveis que têm ação direta sobre o laringe e a voz, além de alterações cardiovasculares e neurológicas;

4- evitar o uso do fumo, inclusive da maconha, pois a aspiração provoca um super aquecimento no trato vocal deixando a voz mais grave (grossa);

5- utilizar roupas leves que permitam a livre movimentação do corpo, principalmente na região do pescoço e cintura, onde estão situados a laringe e o músculo diafragma;

6- evitar a ingestão de refrigerantes, comidas gordurosas ou condimentadas, pois estes produzem gases e refluxo gastroesofágico prejudicando os movimentos respiratórios, além de lesar a mucosa;

7- evitar as mudanças bruscas de temperatura no ar ou líquidos;

8- realizar exercícios de relaxamento regularmente, liberando a tensão corporal evitando a produção vocal com esforço e tensão;

9- realizar avaliações auditivas e fonoaudiológicas periódicas.

10- manter a melhor postura da cabeça e do corpo durante a fala.

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