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Com o mal de Alzheimer desaparecem colônias de neurônios

08 de Maio de 2000 (Bibliomed). Microcolônias verticais de neurônios desaparecem nas pessoas afetadas pelo mal de Alzheimer, revelam cientistas da Universidade de Boston (Massachusetts, nordeste), em estudo que será divulgado terça-feira pela Academia Nacional de Ciências.

"Essas estruturas, situadas no córtex cerebral -que controla as funções mais desenvolvidas como o pensamento racional e a linguagem- poderiam ser a chave para se compreender e poder tratar os estragos causados por esta devastadora enfermidade", destaca o professor Eugene Stanley, um dos autores do estudo.

Os físicos trabalharam em mostras de tecido provenientes de pessoas afetadas pelo mal de Alzheimer, e de outra forma de demência, a LBD (Lewy body dementia), e de não enfermos. Além disso, testaram uma nova técnica de imagens baseada na física estática para visualizar e analisar os tecidos cerebrais.

Este método revelou microcolônias, cadeias de cerca de 11 neurônios ligadas umas às outras e dispostas perpendicularmente no córtex.

"Nas pessoas afetadas pela LBD, praticamente não vimos colônias e nas que sofriam de Alzheimer, as colônias eram menores e menos marcadas que no grupo" sadio, acrescentou o professor Sergey Buldyrev, um dos principais autores do estudo.

Suspeitava-se de que essas microcolônias desempenhassem um papel importante nas funções cerebrais, mas é a primeira vez que foram quantificadas e comparadas.

O estudo revelou, além disso, que a diminuição do número dessas microcolônias é proporcional ao número de perdas de conexão entre os neurônios, uma das mudanças mais importantes notadas no tecido cerebral e que estaria relacionado com a morte das células do cérebro, que caracteriza o mal de Alzheimer.

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