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Infecção por HIV entre usuários de drogas injetáveis apresentou redução

Belo Horizonte, 20 de Setembro de 2001 (Bibliomed). Uma pesquisa que está sendo feita em três cidades brasileiras comprovou que a taxa de infecção pelo vírus da Aids baixou de 25% para 10% em usuários de drogas injetáveis. A transmissão de outras doenças infecto-contagiosas, como a hepatite, também apresentou redução entre o mesmo grupo pesquisado.

O estudo, realizado no Rio de Janeiro, Santos e Salvador, é coordenado pela Fiocruz, com apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS), em parceria com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Até agora, cerca de 600 usuários e ex-usuários foram pesquisados.

Segundo o Departamento de Informações em Saúde (DIS), do Centro de Informação Científica e Tecnológica da Fiocruz, a redução nos índices pode ser atribuída à conscientização dos usuários de drogas no que diz respeito aos riscos de compartilhar as seringas.

Estudos anteriores revelaram que dos mais de 130 mil casos de Aids registrados até o ano passado, cerca de 20% ocorreram entre usuários de drogas injetáveis.

Em muitos casos, a transmissão sexual e vertical (da mãe para o bebê) é comum entre este grupo, que apresenta vida sexual ativa e baixo uso sistemático de preservativos.

No Brasil, a pesquisa deve ser concluída no fim deste ano. A OMS acompanha trabalhos semelhantes em outras 30 cidades do mundo. O objetivo dos estudos é analisar os comportamentos de risco e as taxas de infecção pelo HIV e outras doenças de transmissão sangüínea e/ou sexual entre usuários e ex-usuários de drogas. Os resultados poderão ser usados para a elaboração de futuros programas de saúde pública.

O primeiro passo da pesquisa consiste em uma entrevista com parte da equipe da UERJ. As questões tratam de dados como hábitos do usuário, tempo de utilização de drogas injetáveis, classe social, sexo e escolaridade. A segunda etapa é de coleta do sangue do entrevistado.

A amostra é analisada por departamentos de Imunologia e Virologia, da Fiocruz, além do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Os especialistas verificam a presença do HIV, hepatite, HTLV e outros patógenos.

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