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Brasil é o líder mundial em cirurgias plásticas

Belo Horizonte, 01 de Agosto de 2001 (Bibliomed). O número de cirurgias plásticas feitas no Brasil, em 2000, foi maior que a quantidade realizada nos Estados Unidos, até então o país considerado líder mundial nessa especialidade médica.

A estimativa é do coordenador científico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, regional Rio de Janeiro, Luiz Haroldo Pereira.

De acordo com o médico, 207 brasileiros em cada 100 mil habitantes se submeteram a cirurgias estéticas. Entre os norte-americanos, esse índice é de 185 por 100 mil.

A média anual de crescimento de cirurgias plásticas no Brasil tem sido de cerca de 10%. O dado fica comprovado ao se comparar a quantia de cirurgias realizadas em 1999 e 2000 – cerca de 300 mil contra 330 mil, respectivamente.

Até o final deste ano, calcula a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o número desses procedimentos deve crescer aproximadamente 8%, atingindo 350 mil.

A cirurgia plástica mais procurada é a lipoaspiração, que corresponde a 30% da demanda. Em segundo lugar estão as cirurgias de mama, cerca de 28%, sendo ainda as plásticas redutoras a maioria. Em seguida, com cerca de 10% da demanda, estão as plásticas de rejuvenescimento facial, como cirurgia nas pálpebras e lifting.

Os dados são baseados em estimativas da entidade, já que não há estatísticas oficiais. O crescimento, na opinião de Luiz Pereira, deu-se devido à maior confiança da população no trabalho dos cirurgiões plástico e à substituição da anestesia geral pela local contribuiu para o aumento dos casos, já que muitas pessoas ainda temem os efeitos negativos.

O fato de as pessoas famosas assumirem a realização de cirurgias plásticas acaba também influenciando muito o público em geral. A mulher brasileira, na opinião do médico, não tem vergonha de dizer que fez uma plástica, o que não acontece entre as européias. Por isso, acredita, somente 40 em cada grupo de 100 mil européias realizam cirurgias estéticas.

O coordenador científico recomenda que os interessados procurem saber se o médico escolhido é cadastrado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. “A cada dia, os médicos estão mais bem preparados”, acredita.