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Cuidados no inverno podem evitar complicações

São Paulo, 27 de Junho de 2001 (eHealthLA). Apesar de bonita para muitos, e chique para outros, a estação de inverno quando chega costuma trazer uma série de problemas, afetando fundamentalmente as vias respiratórias.

Em grandes metrópoles, como São Paulo, é comum a ocorrência da inversão térmica, fenômeno que mantém o ar frio em baixo e o quente em cima, como uma espécie de tampão. Com isso, o ar só piora, a poluição não dispersa e crianças e idosos sofrem mais.

As radiações solares aquecem o solo e o calor que fica retido irradia-se, aquecendo as camadas mais baixas da atmosfera. Essas camadas, já que estão quentes, ficam menos densas e tendem a subir. Os poluentes, mais quentes que o ar, sobem e irão dispersar-se nas camadas mais altas da atmosfera. Esse é o fenômeno normal.

Mas, quando há duas massas de ar diferentes, o ar quente passa sobre o ar frio, sobrepondo-se acima deste. Quando existe a “capa” está caracterizada a inversão térmica, visível por uma névoa composta de gases tóxicos e poluentes, extremamente prejudiciais à saúde.

Crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade sempre sofrem mais. Mantidas as emissões de poluentes, a qualidade do ar muda, pois a dispersão torna-se mais difícil.

Enxofre, dióxido de carbono e partículas em suspensão são inaladas, podendo provocar complicações respiratórias. As inversões térmicas ocorrem principalmente à noite e de madrugada, e mantém-se por várias horas consecutivas.

Por isso é sempre bom estar atento e evitar a exposição de crianças em locais de alta poluição, bem como evitar mantê-las em recintos abafados e sem ventilação, em contato com diversas pessoas, pois nessas condições há a propagação de vírus e bactérias.

No atendimento pediátrico as doenças respiratórias crescem de importância. As infecções das vias aéreas superiores constituem a doença aguda mais freqüente: gripe. No inverno são freqüentes as crises de asma, de rinite e de bronquite.

Por isso pediatras recomendam manter a umidade do ar em casa, através do uso de umidificadores e desumidificadores de ambiente; evitar cigarro em locais fechados (sempre); fugir das aglomerações e locais onde concentram muita gente fechada.

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