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Especialista internacional estará no País para falar sobre os distúrbios do hálito

São Paulo, 16 de Maio de 2001 (eHealthLA). A empresa Amil Dental vai realizar um seminário internacional, no próximo dia 9 de maio, em São Paulo, intitulado "Distúrbio do Hálito: Halitose", que será apresentado pelo Dr. Mel Rosenberg, professor de Microbiologia da Universidade de Tel-Aviv.

Com mais de 90 textos publicados (entre artigos científicos, editoriais e livros), Rosenberg vem estudando o tema há mais de dez anos.

Segundo o especialista, a maioria das pessoas que sofrem de distúrbios do hálito não sabem que são portadoras do problema, pois acabam por se habituar com o odor existente.

Pesquisas realizadas nos Estados Unidos e publicadas no New York Times de 1997 mostram que podem existir aproximadamente 85 milhões de pessoas com distúrbios do hálito no país. No Brasil, levantamento realizado no ano de 1999 em Bauru, concluiu que cerca de 50 milhões de brasileiros sofrem do mesmo mal.

Halitose

Halitose é o termo científico para o mau hálito e é uma palavra originária do latim halitu (ar expirado) e osi (alteração).

Segundo o Dr. Maurício Duarte da Conceição, membro-fundador da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca (ABPO), é muito importante dizer que o mau hálito é um sintoma e não uma doença. Existem mais de 50 causas para a halitose.

Aproximadamente 90 por cento dos casos têm origem bucal, sendo que se for detectado algum problema de competência de outro especialista, o paciente é encaminhado ao médico correspondente.

“No tratamento da halitose, por existirem muitas causas e pelo fator emocional ter uma grande importância na ocorrência de diversos sintomas, é preciso olhar para o paciente como um todo e investigar as diversas áreas do organismo”, afirma Maurício.

Segundo o especialista, uma das causas mais comuns para o distúrbio é a diminuição da quantidade de saliva, ocasionada por inúmeros fatores (remédios que a pessoa possa estar tomando que diminuam a salivação, stress, certas doenças, etc).

Essa diminuição da quantidade de saliva favorece a formação de uma placa bacteriana (camada esbranquiçada) na parte posterior da língua, chamada de saburra lingual.

“Ela é formada por restos alimentares, células que se descamam da mucosa bucal e bactérias, que se alimentam das proteínas presentes nessas células.

Nesse processo ocorre a liberação de enxofre, em forma de compostos sulfurados voláteis (CSV) que causam um hálito muito forte”, explica Maurício.

Hoje, através de um aparelho de alta tecnologia chamado halímetro que mede, em partículas por bilhão, a quantidade desses compostos presentes na boca, pode-se avaliar a gravidade do problema, acompanhar a evolução do tratamento e também diagnosticar pacientes com halitose psicogênica, ou seja, pacientes que asseguram ter mau hálito mas não têm.

Serviço

As inscrições para o Seminário Internacional Amil Dental são gratuitas e podem ser feitas pelo telefone (21) 508-2424, de segunda a sexta-feira, das 8 às 20h30, e aos sábados, das 8 às 14h. As vagas são limitadas.

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