Notícias de saúde

Governo aposta no aumento da produção de genéricos para melhorar o acesso da população

São Paulo, 30 de abril de 2001 (eHealthLA). De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), somente 20% dos pacientes do país que vão ao médico compram os medicamentos receitados, 50% iniciam e desistem do tratamento e 30% não têm sequer acesso aos remédios.

"Metade da população brasileira que tem acesso ao atendimento médico abandona o tratamento prescrito", afirmou Vera Valente, Gerente-Geral de Medicamentos Genéricos da Anvisa, durante o Curso EMS de Genéricos para jornalistas, realizado em São Paulo, na última semana.

Segundo Vera, a prioridade na Política Nacional de Medicamentos é aumentar o acesso da população aos remédios. "48% dos medicamentos no país são consumidos por apenas 15% da população, enquanto 51% consome só 16%. Os genéricos estão aí e podem ajudar a mudar esse quadro", declarou.

Bioequivalência - segurança de qualidade

Segundo dados da Anvisa, os genéricos são medicamentos comercializados pelos nomes de suas substâncias ativas, sem a marca comercial e que tenham comprovada sua bioequivalência e biodisponibilidade em relação ao medicamento de referência. São medicamentos absolutamente similares, tão eficazes e seguros quanto os de marca, em média 40 por cento mais baratos.

No Brasil, segundo a nova legislação um medicamento só pode ser considerado genérico se comercializado pela denominação genérica e tiver comprovadas sua segurança, eficácia e qualidade através de testes realizados em instituições reconhecidas e autorizadas pelo governo e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Para a farmacêutica responsável da EMS-Sigma Pharma, Marcela Saad, os genéricos passam por testes severos que comprovam a qualidade. "Hoje já existem genéricos para as principais classes terapêuticas, sendo que o mercado tende a se expandir muito. Apenas nosso laboratório pretende lançar mais 150 genéricos em dois anos. Além disso, são em média 40 por cento mais baratos, e em alguns casos a diferença chega a 70 por cento", explicou.

Copyright © 2001 eHealth Latin America

Faça o seu comentário
Comentários