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BRASIL: Proteção para a Mulher que Sofre Violência Doméstica Ganha Novas Armas

São Paulo, 5 de março de 2001(eHealthLA). Duas das mais violentas capitais do País . Rio de Janeiro e São Paulo, ganharão reforço na proteção para mulheres vítimas de violência doméstica que correm risco de vida. A Prefeitura de São Paulo vai criar um abrigo municipal.

O local terá espaço para atender 30 pessoas (incluindo os filhos) e dará suporte jurídico para que sejam tomadas providências contra os agressores. Com o mesmo objetivo, será inaugurada pelo governo do Rio de Janeiro, a nova sede do Centro Integrado de Atendimento à Mulher (Ciam). Dados do Ministério da Justiça de 1998 mostram que 63% das brasileiras de diferentes classes sociais já foram espancadas dentro de casa.

São Paulo

Segundo a psicóloga Lenira da Silveira, do Centro Municipal de Referência a Mulheres em Situação de Risco Eliane de Grammont, a Prefeitura pretende colocar o serviço à disposição da população a partir da próxima semana. O endereço do abrigo não será divulgado para manter a segurança das vítimas. As mulheres que se sentirem ameaçadas pelos maridos terão de procurar o Centro que analisará os casos e, se necessário, fará o encaminhamento para o abrigo.

As vítimas precisam morar na capital, não ter parentes a quem recorrer, ter filhos com menos de 14 anos e não apresentar problemas graves de saúde. O tempo máximo de permanência na casa será de quatro meses.

Rio de Janeiro

Na nova sede do Ciam, cerca de 130 mulheres por mês, todas vítimas de violência, receberão assistência jurídica e psicológica de 10 profissionais. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Rio, em oito anos, o número de mulheres vítimas de violência dobrou.

Antes do Ciam, as vítimas de violência eram assistidas em uma sala improvisada no prédio do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim). Com essa nova sede, o Estado pretende dar um melhor atendimento a estas mulheres. O Ciam também contará com o serviço Disque-Mulher (299-2121), que terá a função de orientar e receber denúncias de maus-tratos.

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