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BRASIL: A força dos Genéricos: País terá 12 Novas Fábricas até o Fim do Ano

São Paulo, 5 de Fevereiro (eHealthLA). Segundo Gabriel Tannus, vice-presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de São Paulo (Sindusfarma), o Brasil terá mais 12 fábricas de medicamentos genéricos até o fim do ano.

Deste total, quatro deverão ser multinacionais. Lançados há quase um ano, os genéricos respondem por apenas 1,6% do total de unidades vendidas no país, ou 1% do faturamento do setor. Mas a perspectiva de expansão é grande. O PróGenéricos, grupo que reúne 17 fabricantes, quer, em três anos, lucrar 30% da receita e 50% do total de remédios vendidos no mercado brasileiro.

O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma indicação terapêutica do medicamento de referência no país, apresentando a mesma segurança.

O Ministério da Saúde através da ANVISA avalia os testes de bioequivalência entre o genérico e seu medicamento de referência, apresentados pelos fabricantes, para comprovação da sua qualidade. A grande vantagem é que estes medicamentos são mais baratos do que aqueles que possuem marcas.

Laboratórios Brasileiros

Para não perder mercado, as empresas instaladas no Brasil precisam definir suas estratégias. As empresas estão definindo se importam ou fabricam os medicamentos no país. Segundo o Sindicato dos Farmacêuticos do Estado de São Paulo, na prática há apenas entre cinco e seis genéricos nas prateleiras das farmácias de um total de 194 remédios registrados no Ministério da Saúde, atualmente.

Apesar do baixo número, o segmento farmacêutico já sente a concorrência criada com os medicamentos genéricos. Em 2000 houve queda de 8% nas vendas de remédios, a maior redução desde 95. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), a expectativa de que as empresas investiriam cerca de US$ 2,4 bilhões, entre 99 e 2004, será revista. Na hora de apontar as razões para o fraco desempenho as indústrias apontam o crescimento da concorrência dos genéricos importados, pois poucas empresas fabricam aqui.

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