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01 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). O Ministério da Saúde irá procurar o governo da Bolívia para propor uma ação conjunta de combate à dengue naquele país, principalmente na região da fronteira com o Brasil, informou na terça-feira o ministro da Saúde, José Serra, na reunião do Conselho Nacional de Secretários de Saúde dos Estados (Conass).
"Sai mais barato fazer um convênio, treinar pessoal e dar inseticidas para a Bolívia do que ficar esperando o mosquito nos atacar e combatê-lo aqui", disse o ministro.
Serra informou que fará contato com o governo boliviano nos próximos dias.
O alto índice de dengue na fronteira boliviana com o Brasil provocou o aparecimento da doença no Estado do Acre em 2000 e 2001.
Até 1999, o Estado só havia registrado três casos de dengue, todos importados de outras regiões. No ano passado, foram confirmados 1.030 casos. Este ano, mais de 700 foram notificados, e 91 já estão confirmados.
"Estamos sendo penalizados pela dificuldade que a Bolívia tem para tratar dos seus casos", afirmou Grace Rocha, secretária de Saúde do Acre. Em apenas uma cidade boliviana, Cabija, que faz fronteira com Brasiléia e Epitaciolândia, no Acre, foram encontradas larvas do mosquito "Aedes aegipty" (que transmite a dengue) em 68 por cento das casas. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) 5 por cento é o limite máximo aceitável.
O Brasil já fez ações de combate à dengue no Paraguai, em 1999, quando a epidemia naquele país fez com que aumentasse drasticamente o número de casos na cidade de Foz de Iguaçu (PR), que faz fronteira com aquele país.
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