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Aumenta Sucesso de Reprodução Assistida nos EUA

18 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A taxa de sucesso de fertilização in vitro e outras técnicas para superar problemas de fertilidade está melhorando um pouco, uma boa notícia para quem necessita desses procedimentos.

Mas uma organização não-governamental, a Associação de Infertilidade Americana, salientou na terça-feira que a taxa de nascimentos múltiplos associados a esses procedimentos - que trazem risco tanto para mãe como para a criança - não está diminuindo, apesar do fato de médicos implantarem nas mulheres um número menor de embriões.

Um em quatro procedimentos que utilizam tecnologia de reprodução assistida (ART, na sigla em inglês) em 1998 resultou no nascimento de um ou mais bebês vivos em mulheres que utilizaram os próprios óvulos não-congelados, segundo relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva e outras entidades.

O relatório utiliza dados de 360 clínicas do país inteiro, que conduziu 80,634 ciclos de ART em 1998. "De uma forma geral, o número de nascidos vivos por ciclo aumentou de 1995 a 1998", Laura Schieve, diretora do projeto do relatório ART do CDC, disse à Reuters Health.

"Esse pode ser um aumento real -- principalmente porque o número vem crescendo todos os anos nos últimos quatro anos", afirmou.

Ela alertou, no entanto, que o aumento pode ser parcialmente atribuído ao fato de as clínicas estarem sendo acompanhadas de perto.

Mais de 28.000 bebês nasceram como consequência de ARTs realizado em 1998, um procedimento em que óvulos humanos são fertilizados com espermatozóides em laboratório e depois transferidos para o útero de uma mulher.

Assim como nos anos anteriores, a idade parece ser um dos fatores mais importantes para determinar se a mulher terá um filho nascido vivo com reprodução assistida na qual seus próprios óvulos foram utilizados. O índice de sucesso cai a partir dos 35 anos e diminui ainda mais à medida que os anos vão passando.

O índice também é menor em mulheres que utilizam óvulos congelados, mas é maior em mulheres que usam um óvulo de doador, o relatório indicou.

Mulheres que usaram um óvulo de doador tiveram aproximadamente uma chance de 40% de terem um filho nascido vivo, independentemente da idade. A tendência a longo prazo no índice de sucesso é muito favorável -- estamos observando um crescimento constante anualmente -- então isso deve trazer alívio a algumas pessoas", Sean Tipton, porta-voz da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, disse à Reuters Health.

"É importante ter em mente que esses números já têm quase dois anos, então um paciente que começar o tratamento hoje pode esperar ter um índice de sucesso ainda maior do que os dados de 1998 revelam", Tipton disse.

Schieve salienta, no entanto, que mais de um em cada três partos por ART resultaram em nascimento múltiplo. Pamela Madsen, diretora-executiva da Associação Americana de Infertilidade, acrescentou que quase não houve progresso no esforço para reduzir a incidência de nascimentos múltiplos em tratamentos de infertilidade.

"Nós precisamos fazer mais para enfatizar esse problema, ou muitas mulheres vão continuar a correr risco", afirmou. Cada uma das 360 clínicas que enviaram seus dados tem um resumo do índice de sucesso disponível no site do CDC, no endereço: http://www.cdc.gov/nccdphp/drh/art98/.

"Com essa informação, pacientes poderão tomar uma decisão consciente sobre o tratamento para infertilidade e discutir suas chances de ter um ART bem-sucedido com o seu médico", Schieve disse.

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