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10 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Uma jornalista francesa que cobriu as guerras do Golfo e da Bósnia disse numa entrevista na terça-feira que sofria dos mesmos sintomas dos soldados que reclamavam da "síndrome do Golfo".
Marie-Claude Dubin disse ao jornal Le Parisien que sofria de problemas intestinais, neurológicos e musculares desde que cobriu esses conflitos e que suspeitava que as armas feitas com urânio empobrecido pudessem ser a causa.
Ela deve testemunhar na tarde de terça-feira diante de um comitê parlamentar francês que investiga a síndrome do Golfo, a doença misteriosa que abrange sintomas de resfriado, fadiga e asma, relatada por milhares de veteranos de guerra britânicos.
"Não estou dizendo que o urânio é certamente a causa, mas estou doente e com os mesmos sintomas dos veteranos", disse ela. "Há estudos que provam que o urânio empobrecido é perigoso por causa da poeira tóxica que ele emite".
A controvérsia sobre o uso de cartuchos feitos com urânio empobrecido pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), nos Bálcãs, começou depois que seis soldados italianos que serviram nas forças de paz na região morreram de leucemia.
"Ao ir para o Iraque, sabia que corria o risco de me expor a armas químicas inimigas, e assinei um documento reconhecendo isso. Mas eu não sabia que estava exposta a armas aliadas que continham urânio empobrecido", acrescentou a jornalista.
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