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São Paulo, 5 de Janeiro de 2001(eHLA). A diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou colaborações financeiras a instituições de saúde de Santa Catarina e São Paulo, para ampliação do método "Mãe-Canguru", programa que reduz a mortalidade de bebês prematuros. No mundo nascem anualmente 20 milhões de bebês prematuros e com baixo peso. Destes, um terço morre antes de completar o primeiro ano de vida.
O Método Mãe-Canguru desenvolvido em 1979, no Instituto Materno-Infantil de Bogotá, Colômbia, consiste em manter o recém-nascido prematuro junto e em contato pele-a-pele, no colo materno, retirando-o da incubadora assim que possível. Segundo a pediatra Tereza Toma, pesquisadora do Instituto de Saúde, de São Paulo, com esse contato, os indicadores de saúde e bem estar do prematuro melhoram: batimentos cardíacos, respiração e auto-regulação térmica. A Amamentação se realiza completamente, nutrindo o bebê e protegendo-o contra infecções.
A assistência convencional consiste em colocar estes recém-nascidos em incubadoras, onde permanecem internados por várias semanas e até meses, enquanto a mãe retorna para casa, visitando-o de forma restrita na UTI ou no Berçário. “Este novo método vem sendo adotado em mais de 30 países, inclusive naqueles de alta renda per capita.
Locais no Brasil
Estudos científicos mostram que o Mãe-Canguru é uma forma de atenção segura e efetiva, podendo ser aplicado em hospitais com diferentes níveis de recursos tecnológicos”, explica a pediatra. No Brasil, mais de 20 maternidades já estão adotando esta filosofia de atenção pré-natal. O método Mãe Canguru tem sido adotado principalmente no atendimento às mães pobres.
A Fundação de Amparo à Pesquisa Universitária (Fapeu) receberá R$ 205 mil para serem aplicados na Maternidade do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina, localizada em Florianópolis. A outra entidade é o Serviço Social da Indústria da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo, que receberá R$ 206,3 mil, a serem investidos no Hospital Geral de Itapecerica da Serra, região metropolitana da capital paulista.
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