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04 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Não é segredo que o exercício faz bem, mas novas pesquisas indicam que também detém a progressão da aterosclerose em homens de meia-idade.
Em um estudo que acompanhou 854 homens de meia-idade por quatro anos, pesquisadores finlandeses verificaram que os homens com melhor condicionamento físico apresentaram progressão menor na aterosclerose da carótida, acúmulo de placas de gordura nas artérias do pescoço, que aumenta o risco de derrame. As pessoas que apresentam esse problema também podem ter danos semelhantes nas coronárias, fator de risco para ataque cardíaco.
Os pesquisadores chefiados por Timo A. Lakka, da Universidade de Kuopio, publicaram o trabalho na edição de 2 de janeiro do Annals of Internal Medicine.
Para medir o efeito do exercício na progressão da doença arterial, os pesquisadores usaram testes físicos para verificar a capacidade aeróbica no começo do estudo e quatro anos depois. A equipe também fez perguntas sobre hábitos de exercício e usou testes de ultra-sonografia para avaliar o acúmulo de placas na carótida.
Os pesquisadores verificaram que os homens que tiveram piores resultados nos testes iniciais mostraram a maior progressão na aterosclerose quatro anos mais tarde. A associação manteve-se mesmo depois de serem considerados outros fatores de risco como pressão sanguínea e colesterol altos e diabete. Segundo os autores, a capacidade aeróbica pequena foi o fator de risco mais forte para a progressão na aterosclerose da carótida.
Os pesquisadores observaram que a atividade física combate os fatores de risco para doença arterial como pressão sanguínea e colesterol altos e obesidade. O estudo mostrou que o condicionamento físico pode reduzir a doença arterial, mas os pesquisadores não encontraram associação entre níveis de exercício e progressão da doença.
Os autores sugeriram que são necessários mais estudos para avaliar a quantidade de exercícios necessária para reduzir o avanço da aterosclerose.
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