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09 de outubro de 2025 (Bibliomed). Um estudo publicado na revista Menopause revelou que quase um terço das mulheres com insuficiência ovariana prematura (IOP) apresenta sintomas depressivos, ressaltando a importância do cuidado psicológico nesse grupo. A pesquisa holandesa avaliou 345 mulheres diagnosticadas com a condição entre abril de 2020 e dezembro de 2023.
A insuficiência ovariana prematura ocorre quando os ovários deixam de funcionar adequadamente antes dos 40 anos, levando à redução de hormônios sexuais e à menopausa precoce. No estudo, 29,9% das participantes relataram sintomas depressivos. Entre os fatores associados ao maior risco estavam diagnóstico em idade mais jovem, causa genética para a IOP, sintomas menopausais intensos e ausência de suporte emocional.
Curiosamente, o uso de terapia combinada com estrogênio e progesterona (EPT) e os níveis de estradiol não apresentaram relação significativa com os sintomas depressivos, indicando que aspectos hormonais podem não ser os principais determinantes do bem-estar emocional nesse contexto.
Segundo os autores, os resultados reforçam a necessidade de intervenções psicológicas direcionadas, que abordem luto relacionado à infertilidade, enfrentamento de sintomas físicos e fortalecimento da rede de apoio social. A integração do acompanhamento mental ao tratamento ginecológico pode contribuir para melhorar a qualidade de vida dessas mulheres, que enfrentam desafios únicos tanto no aspecto físico quanto emocional.
Fonte: Menopause. DOI: 10.1097/GME.0000000000002614.
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