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10 de setembro de 2025 (Bibliomed). Pacientes que sofreram AVC, mini-AVCs ou cegueira temporária apresentaram níveis de partículas "nanoplásticas" no pescoço muito mais altos do que em pessoas saudáveis, de acordo com um resumo de um estudo em pequena escala. O resumo, divulgado pela American Heart Association, está se somando a uma crescente lista de evidências "preocupantes" que ligam doenças vasculares aos nanoplásticos.
Fragmentos de nanoplástico são ainda menores que os "microplásticos" e podem ser absorvidos pelo corpo, penetrando barreiras biológicas à medida que se acumulam. Enquanto os microplásticos são vagamente definidos como partículas menores que 5 milímetros de diâmetro, os nanoplásticos são muito menores — normalmente considerados menores que 1 micrômetro, ou 1.000 nanômetros. Esses pequenos fragmentos de plástico vêm de produtos como garrafas de água, embalagens de alimentos e tecidos sintéticos, e foram encontrados concentrados em órgãos importantes, incluindo pulmões, coração, fígado e até mesmo a placenta, levando os cientistas a alertar que há cada vez mais evidências de que eles representam um risco à saúde cardiovascular.
No estudo, pesquisadores da Universidade do Novo México, nos Estados Unidos, examinaram amostras de artérias carótidas retiradas de três grupos de pacientes: aqueles que tinham placas obstruindo as artérias no pescoço e sofreram AVC, mini-AVC ou perda temporária de visão; aqueles que tinham placas, mas não sofreram tais sintomas; e aqueles que tinham carótidas saudáveis sem placas. Eles descobriram que o grupo que sofreu AVCs tinha níveis de concentração de MNP 51 vezes maiores do que aqueles que não tiveram acúmulo de placa, enquanto aqueles que tinham placa, mas não sofreram AVCs, tinham níveis 16 vezes maiores do que aqueles sem placa.
Fonte: American Heart Association Annual Meeting 2025.
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