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Estudo alerta para excesso de diagnósticos de doenças da tireoide

05 de agosto de 2025 (Bibliomed). Um estudo recente revelou que muitas pessoas podem estar sendo diagnosticadas de forma exagerada com doenças da tireoide, especialmente casos de hipotireoidismo e hipertireoidismo subclínicos. A pesquisa analisou dados de mais de 8.300 participantes nos Estados Unidos e descobriu que fatores como idade, sexo e raça têm grande influência nos níveis dos hormônios da tireoide, mas nem sempre são considerados na avaliação clínica.

Quando esses fatores foram levados em conta, quase metade (49%) das pessoas que haviam sido diagnosticadas com hipotireoidismo subclínico foram reclassificadas como tendo função tireoidiana normal. No caso do hipertireoidismo subclínico, 31% também foram reavaliados como normais.

O impacto foi maior entre mulheres e pessoas brancas no grupo de hipotireoidismo e, entre aqueles com hipertireoidismo, as maiores mudanças ocorreram entre mulheres, negros e hispânicos.

Os pesquisadores destacam que é normal que o hormônio TSH aumente com a idade, enquanto outros hormônios, como a triiodotironina, tendem a diminuir. Além disso, mulheres geralmente têm níveis mais altos de tiroxina (T4).

O estudo alerta que pequenas alterações no TSH nem sempre indicam um problema real na tireoide e, muitas vezes, tratar esses casos pode gerar custos desnecessários, além de não resolver os sintomas que, na realidade, podem ter outras causas.

O trabalho reforça a importância de avaliações mais personalizadas e criteriosas para evitar diagnósticos equivocados e tratamentos desnecessários.

Fonte: Annals of Internal Medicine. DOI: 10.7326/ANNALS-24-01559.

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