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Mulheres têm mais chances de morrer de complicações após cirurgia no coração

17 de julho de 2025 (Bibliomed). Mulheres e homens apresentam taxas semelhantes de complicações perigosas após uma grande cirurgia cardíaca, no entanto, a mortalidade entre as mulheres é maior. Estudo realizado na Universidade do Michigan, nos Estados Unidos, buscou entender os motivos de as mulheres morrerem mais quando essas complicações acontecem.

O estudo envolveu mais de 850.000 casos de beneficiários do Medicare que passaram por cirurgias cardíacas de alto risco. Essas operações incluíram pontes de safena, reparos de aneurismas aórticos e reparos de válvulas mitral e aórtica. Todas foram realizadas entre 2015 e 2020.

Cerca de 15% dos pacientes, homens e mulheres, apresentaram alguma complicação pós-operatória, no entanto, a taxa de morte ficou em 10,7% para as pacientes do sexo feminino, enquanto entre os homens foi de 8,6%.

De acordo com a pesquisa, as complicações pós-cirúrgicas mais comuns foram insuficiência renal, pneumonia e insuficiência pulmonar. As taxas de falha no resgate foram maiores entre pacientes do sexo feminino em comparação aos do sexo masculino, independentemente de quão alta ou baixa qualidade o hospital onde o paciente recebeu o tratamento foi considerado.

Segundo os autores, os resultados mostraram que as pacientes do sexo feminino tiveram uma taxa menor de reoperação do que os do sexo masculino. Reoperação significa que um segundo procedimento foi realizado alguns dias após a cirurgia cardíaca porque houve uma complicação. Então, esses resultados podem indicar que a menor taxa de reoperação entre as mulheres pode não ser devida a uma menor necessidade de reoperação; pode, em vez disso, ser um sinal de que suas complicações não foram tratadas adequadamente.

Fonte: JAMA Surgery. DOI: 10.1001/jamasurg.2024.4574.

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