Notícias de saúde
15 de maio de 2025 (Bibliomed). Uma nova pesquisa da Edith Cowan University (ECU) revelou que a alimentação pode influenciar o risco de depressão e da doença de Alzheimer (DA). Evidências mostram que sintomas depressivos são tanto um fator de risco para Alzheimer quanto uma resposta precoce a problemas de memória.
Os cientistas descobriram que uma dieta saudável pode reduzir o impacto negativo dos sintomas depressivos sobre biomarcadores sanguíneos relacionados ao Alzheimer. Esses biomarcadores são moléculas no sangue que ajudam a acompanhar a progressão da doença.
Segundo a pesquisa, fatores nutricionais podem afetar a saúde do cérebro por meio de processos como inflamação, estresse oxidativo, função vascular e conexões entre o intestino e o cérebro. Esses mecanismos influenciam neurotransmissores e neurônios, impactando o humor e a cognição.
A dieta mediterrânea, rica em alimentos naturais como azeite, grãos integrais e vegetais, tem sido associada a menor risco de depressão e Alzheimer. Em contraste, dietas ocidentais com excesso de alimentos processados e açúcares podem acelerar o declínio cognitivo.
A pesquisa também destaca que 50% das pessoas com Alzheimer têm depressão, e cerca de 40% dos idosos diagnosticados com depressão desenvolvem Alzheimer em poucos anos. Especialistas ressaltam que não há cura para a doença, mas o atraso em seu surgimento pode reduzir sua incidência global.
Entre os 14 fatores de risco modificáveis para a demência, cinco podem ser controlados por meio da alimentação, incluindo obesidade, hipertensão e consumo de álcool. A adoção de hábitos saudáveis poderia prevenir até 45% dos casos de demência no mundo.
Fonte: Neurobiology of Aging. DOI: 10.1016/j.neurobiolaging.2025.01.003.
Copyright © 2025 Bibliomed, Inc.
Veja também