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04 de julho de 2024 (Bibliomed). Um estudo recente da China, publicado na revista Frontiers in Nutrition em março de 2024, indica uma possível conexão entre a nutrição e a doença de Alzheimer. A pesquisa analisou 266 indivíduos, dos quais 73 foram considerados cognitivamente saudáveis, 72 apresentaram comprometimento cognitivo leve devido ao Alzheimer, e 121 sofriam de demência. A nutrição de cada participante foi avaliada com base na aderência às dietas Mediterrânea e MIND.
Segundo a Escola de Saúde Pública T.H. Chan de Harvard, a dieta Mediterrânea, que inclui alimentos de origem vegetal, azeite de oliva, queijo, iogurte, peixe, aves, vinho e frutas frescas, pode reduzir o risco de doenças cardíacas, síndrome metabólica, diabetes, certos tipos de câncer, depressão e fragilidade em idosos, além de melhorar as funções mental e física. A dieta MIND, projetada especificamente para o cérebro envelhecido, combina elementos da dieta Mediterrânea, focando no retardamento do envelhecimento cognitivo.
Os resultados do estudo chinês não encontraram diferenças estatísticas significativas nos escores de adesão às dietas entre os diferentes grupos. Entretanto, foi constatado que os indivíduos afetados pelo Alzheimer apresentaram menores valores de IMC, proteína, albumina, globulina, cálcio, ácido fólico e apolipoproteína A1, além de menores circunferências de panturrilha e quadril e pontuações mais baixas nas avaliações Mini Nutritional Assessment e Geriatric Nutritional Risk Index. A desnutrição não apenas foi associada a uma progressão acelerada da doença de Alzheimer, mas também foi acelerada pela doença.
O estudo concluiu que o estado nutricional dos pacientes com Alzheimer era pior do que o de indivíduos da mesma idade cognitivamente normais, deteriorando-se ainda mais com a progressão da doença. Fatores como distúrbios do paladar, disfunção olfatória e apetite comprometido foram identificados como principais contribuintes para a desnutrição nos estágios iniciais do Alzheimer. À medida que a doença progride, a resposta inflamatória crônica se intensifica, levando a um consumo excessivo de proteínas e energia, causas principais da desnutrição nos estágios médio e avançado da doença.
Fonte: Frontiers in Nutrition. DOI: 10.3389/fnut.2024.1306226.
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