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Falta de Vacina Prejudica Combate à Febre Amarela na Guiné

22 de Dezembro de 2000 (Bibliomed). Uma epidemia de febre amarela ameaça a população de Guiné, enquanto os estoques de vacina em todo o mundo são insuficientes para atender às atuais demandas, de acordo com autoridades da organização internacional Médicos sem Fronteiras.

Eric Pitois, em Conakry, Guiné, disse à Reuters Health que o primeiro caso de febre amarela foi identificado em setembro.

No início da campanha de vacinação, lançada em 29 de outubro, as autoridades acreditavam que a epidemia atingia somente a prefeitura de Mamou e que as 600 mil doses de vacina fornecidas pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) seriam suficientes.

Mas os dados mais recentes indicam que 493 casos foram identificados em diversas áreas do país e a exposição a esses casos afeta cerca de 1,5 milhão de pessoas.

"Por isso, iniciamos uma segunda fase da campanha contra a febre amarela", afirmou Pitois.

"Tudo estava pronto, mas houve um problema, pois não encontramos nenhuma dose da vacina contra a febre amarela. É uma grande confusão, pois precisamos de no mínimo 1 milhão de doses, e esse é realmente o mínimo", explicou Pitois.

"Não podemos vacinar em nenhuma nova região", disse Pitois. "Isso é tudo que podemos fazer no momento."

Até agora, a OMS e o Unicef identificaram estoques da vacina na Indonésia, no oeste da África e na Tunísia. Os Médicos sem Fronteiras estão fazendo um apelo à comunidade internacional para produzir estoques de vacinas suficientes para permitir uma resposta rápida aos surtos de febre amarela.

Os escassos estoques são considerados um alerta de situações piores no futuro. "No ano que vem, sabemos que a epidemia irá voltar", afirmou Pitois, acrescentando que, "se a epidemia tivesse atingido Senegal ou Serra Leoa, teria sido muito, muito pior".

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