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Estudo revela diferenças no diagnóstico e gravidade da depressão pré-natal

17 de abril de 2025 (Bibliomed). Um estudo realizado com mais de 258 mil gestantes nos Estados Unidos revelou que a depressão pré-natal afeta diferentes grupos raciais e étnicos de maneira desigual. A pesquisa apontou que algumas populações apresentam maior risco de depressão não diagnosticada e sintomas mais graves, o que pode impactar tanto a saúde materna quanto o desenvolvimento do bebê.

A prevalência da depressão pré-natal diagnosticada foi de 15,5%, enquanto 10,9% das participantes relataram sintomas moderados a graves. Entre os grupos analisados, as taxas mais altas de depressão foram observadas entre gestantes porto-riquenhas (26,7%) e negras (17,3%), enquanto as menores ocorreram entre mulheres de origem vietnamita (4,7%) e japonesa (7,5%).

Outro achado preocupante foi a alta taxa de depressão não diagnosticada, especialmente entre gestantes de origem asiática e hispânica. O grupo Hmong, por exemplo, apresentou o maior risco de depressão não identificada. Os pesquisadores sugerem que barreiras culturais, falta de acesso adequado à saúde mental e o estigma em torno da depressão podem estar contribuindo para esse cenário.

Os resultados destacam a necessidade de estratégias mais eficazes para identificar e tratar a depressão pré-natal, levando em conta as particularidades culturais de cada grupo. Melhorar o treinamento dos profissionais de saúde para um atendimento mais inclusivo e ampliar o acesso a serviços de saúde mental são medidas essenciais para reduzir essas desigualdades.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2025.0743.

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